Estou a descrever, não sei se é saudade, não sei se pode ser vaidade, de terra nossa. Só agora parei para pensar, e pensei: «merda, que não vou me ambientar a isto». Na realidade nunca me senti bem aqui, isto é um mundo onde o «onde» não tem lugar nem razão de ser, viver, ou mesmo de existir. Podemos afirmar quem somos pelo aquilo que fazemos? Ou pelo que fazemos é afirmar quem somos? Pensar que somos é fácil. Só por isso então: «amo-te», vem ao meu pensamento, sim amo-te. É assim difícil de aceitar, simples, doce, faminto e verdade. É isso mesmo verdade; em cada letra não minto, ou assim não sinto. Tas faminto, mas eu tenho cede neste deserdo quente de tão congelado. Podem afirmar que não sou de muitas ligações, mas todas as que me resta deste «onde» são de ti. Não arrebentarão, já tentei, muitas vezes. Amo-te.
Eide ver mais uma vez, e outra vez o que de uma só vez não se vê, mas sente que sentir é viver, vivo por isso, amo-te, difícil? Mas porque? Não, é fácil! Amo-te, fácil de verdadeiro, de puro, de amar-te…