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ok, se kiserem saber quem eu sou perguntem, ok?

03 dezembro, 2007

Nós e o infinito…

Não temos certezas de nada do que fazemos, mas temos certezas, dado pela nossa consciência, de que nos existimos mesmo. Temos simplesmente a consciência de que estamos presos dentro de uma sala gigante, o nosso corpo, e tentamos alcançar e conquistar tudo o que nos rodeia. Estudamos o mar e conquistamo-lo, agora estudamos o espaço, vamos conquistá-lo?

Nós não temos noção do que está a nossa espera amanham, mas amanham é mais escuro do que o espaço. Nós não temos noção do infinito, esse infinito é definido como «nunca mais acaba», mas acreditamos mesmo nisso? Como na matemática temos dois infinitos: o infinito cada vês maior, a que a ultima fronteira chamamos cosmos, e o infinitamente pequeno… mas imaginam que estes dois infinitos eram os mesmos, isto é, o que é cada vez maior vai tornando-se cada vês aproximando do que é mais pequeno. Se fizermos uma nave que tem a capacidade de se tornar cada vez mais pequena, ela iria por se tornar quando atingir o zero a coisa mais grande de todo o universo. E assim estava a andar as voltas e voltas, como nos cálculos vectoriais sem resultado possível, onde o zero seria a fase de transição entre o mais pequeno para o mais grande. Mas como isso seria possível se o tempo é contínuo? Há teorias, e a matemática prova isso, de que o tempo é por impulso. A ajudar esta teoria temos a teoria de que o universo é redondo, se nos deslocarmos sempre na mesma direcção voltamos ao mesmo sítio de onde partimos. Redondo. Mas que redondo… onde o fim é o inicio como a partida é a chegada.

Para quem não acredita que não podemos viajar pelo espaço á velocidade da luz, porque a essa velocidade o tempo seria zero, digo que acredito que será possível um dia, como foi possível quebrar a barreira do som a uns anitos. Mas o tempo é relativo, tal como o movimento, e mais, estão intimamente relacionados porque sem movimento não existe tempo, «mas estou neste momento a ler isto quieto e parado e o tempo não para», mas vamos não esquecer de que estamos sempre em movimento, o coração, músculos do nosso corpo, ou para ir mais longe, estamos a 8 segundos por quilómetros há volta do Sol, por isso não digam que estão parado, sim em relação há terra, mas em relação ao resto não. Se viajarmos a velocidade da luz (em relação a Terra) vamos poder visualizar outras coisas que estão a andar a essa velocidade e para os terrestres não dão por isso porque estão congelados no tempo. Estamos a falar de andar a velocidade da luz, e mais rápido do que isso? Vamos andar para traz no tempo? Sim em teoria.

Interessante que nós podemos regressar antes de partir… ( :D ) :D )

Mas afinal o infinito é o quê? Podemos desafia-lo, defini-lo com teorias… Podemos não ter a mínima ideia do que é o infinito, mas sentimo-lo com emoções especiais, amor.

29 setembro, 2007

Uma hora a pensar, dois minutos a responder

Não esperem ter a noção de poder entender o que está aqui escrito. Acabei de aterrar no continente para ter mais um ano universitário, dês do começo que não estou a me sentir bem…
Estou a descrever, não sei se é saudade, não sei se pode ser vaidade, de terra nossa. Só agora parei para pensar, e pensei: «merda, que não vou me ambientar a isto». Na realidade nunca me senti bem aqui, isto é um mundo onde o «onde» não tem lugar nem razão de ser, viver, ou mesmo de existir. Podemos afirmar quem somos pelo aquilo que fazemos? Ou pelo que fazemos é afirmar quem somos? Pensar que somos é fácil. Só por isso então: «amo-te», vem ao meu pensamento, sim amo-te. É assim difícil de aceitar, simples, doce, faminto e verdade. É isso mesmo verdade; em cada letra não minto, ou assim não sinto. Tas faminto, mas eu tenho cede neste deserdo quente de tão congelado. Podem afirmar que não sou de muitas ligações, mas todas as que me resta deste «onde» são de ti. Não arrebentarão, já tentei, muitas vezes. Amo-te.
Eide ver mais uma vez, e outra vez o que de uma só vez não se vê, mas sente que sentir é viver, vivo por isso, amo-te, difícil? Mas porque? Não, é fácil! Amo-te, fácil de verdadeiro, de puro, de amar-te…

Sedução, atracão, sexo…

Pondo isto de forma mais conscientemente lógico o sexo está a dominar a mentalidade da nossa nova geração. Num filme ouvi mais ou menos isto: «um homem começa a amar uma mulher que acha atraente, e uma mulher começa a achar o homem que ama atraente». Se tivesse ouvido isto as uns anos atrás concordaria. Mas nos últimos anos passei por situações que não se encaixa nesse conceito. Acho que uma pessoa por vezes não tem noção daquilo que está a fazer, esta falta de controlo vem da simplesmente dos impulsos e sentimentos que todos nós temos e não controlamos.
Poderá ser que não temos controlo de nós próprios? Por vezes não. Os assassinos mais perversos são na sua maioria de QI elevado, assim a sua mente e impulsos está acima dele próprio. Mas vendo isto de forma mais suave, nós todos temos prazer no sexo, de uma forma ou de outra, somos Humanos. E porque não ter sexo simplesmente por prazer? Sim, porque não? «Não estás a namorar nem estás apaixonada por ninguém nem eu, porque não fazer sexo simplesmente por prazer?» É acho que estes tipos de impulso não devia de ser ignorados, mas por vezes o maior problema é se um deles achar que isso é mais do que ter prazer.
Abraham Maslow afirma que o sexo é uma das necessidades básicas do Homem, tal como comer. Mas ter sexo não só por prazer mas também por amor… bem isso é o que eu chamo de momento da perfeição, yin-yang entre dois opostos. Na realidade nós somos montes de carne solitários, mas nesse momento e que ambos partilham os seus corpos são mais do que isso. Mas aprofundando o meu ponto de vista esse momento pode ser sem orgasmo, acreditem ou não eu acho que pode haver amor sem sexo e terem o que chamo momento da perfeição.

01 setembro, 2007

A nova doença do séc. XXI

Num projecto recente tive a possibilidade de conhecer novas pessoas e adquirir novas experiências profissionais. É curioso como simples vivências com outras pessoas podem influenciar no nosso pensamento de futuro. Neste caso o meu. Conheci uma, para não faltar ao respeito, «jovem senhora», a qual eu me relacionei bem. Com o passar do tempo apercebi da possibilidade de ter uma vida semelhante à dela em certos aspectos. Não tive receios de falar com alguém que na altura e ainda agora a considero como amiga.

Começando por definir esta «coisa», para não dizer doença, falamos, em parte, de algo que acontece, tenho eu quase a certeza, a muitos indivíduos: Imagine acordar de manhã e repara que tem trintas ou quarentas e tais anos e não ter mais nada na vida se não o trabalho. Sim, pode ser o melhor de todos naquele trabalho, mas viver só para isso? Realmente eu estou a esforçar para ser um bom se não o melhor no que quero fazer para a vida. Isso leva a perda de certas «coisas boas da vida», é verdade que tenho amigos para a vida, mas sentirei que ainda terei um vazio por preencher. Os valores e o resto do mundo estão a se alterar demasiado rápido para ter uma família, filhos e sendo o melhor profissional. Para continuar a descrever esta «coisa»: que eu quero é ter uma vida sempre activa, diferente todos os dias, fugindo assim do Síndrome de Burnout, e estar constantemente em stress. Esta reação é, talvez, uma forma de auto negação ao vazio sentido e/ou de pensar que não tenho a «coisa».

É esta falta de sentido de vida que talvez seja a «coisa»... Mas é curioso, vemos muitos estudantes a tentarem ser assim. O gosto pelo stress, de não parar de trabalhar, e de tentar ser sempre o melhor é uma opção de vida, que me faz pensar se isso é uma doença.

28 agosto, 2007

Saudade Além-Mar

Neste momento penso que nunca estamos em casa, como imaginem sou açoriano a estudar em Santarém, longe do local de origem. São terras de diferente contraste tanto a nível do clima, visual, e também é, para mim, a nível social.
Sei que sou totalmente autónomo para ter uma vida sem dependência de alguém, criar amizades com facilidade e ser capaz de me alevantar as vezes que for preciso para recomeçar de novo. Será assim com todos os açorianos? Porque damos tanto nas vistas no Continente Português? Seja como for, o Açoriano pode ser um dos poucos que reconhece o Fado da despedida, saudade, nostalgia e amor, conhecido pelos descobridores, e conservado em gente isolada numa pequena terra. Esta treme, castiga com chuva, humidade e nevoeiro.
Mas é esta que tanto aventuramos contra as ondas e montes. E esta que perdemos ao tentar conquistar para além-mar, além do horizonte e que sentimos que nunca lá alcançamos. E avançamos, avançamos...

Uma questão de Fé

No intervalo de um filme na sala de cinema uma amiga minha, a qual eu sempre levei a opinião dela em consideração, perguntou-me se acredito em Deus. Bem é uma boa questão, na altura respondi: «sim, se eu acredito Nele, então Ele existe para mim». Isto faz sentido para uma baixa reflexão.

Pensando bem o que me leva a pensar assim? Para mim foi sempre preciso factos para eu acreditar em algo. Umas semanas antes perguntou se eu acreditava em anjos, «sim» porque estava a olhar para um, ela. Tive uma prova de anjos, mas de Deus? Se perguntarei-me no que acredito eu responderia sem pensar «cosmos, estrelas, agua, terra, que sou especial, que cada ser consciente de si é especial». Que me leva a outra questão, a qual sei a resposta, de que somos feitos? Eu sei do que sou feito, sou uma junção de poeira estrelar que outrora fora estrela e que um dia voltarei a ser. O que me torna especial? É eu saber disso mesmo e mais: de saber mais. Acredito que nós Homens e o resto do universo somos um só, somos como Carl Sagan disse: «somos a parte do cosmos a auto conhecer-se». Vendo as coisas deste perfil parece que defendo uma teoria alquimista, ou sigo uma querença de índios, e que tudo tem um espírito. Mas não, se a razão de existência é sinonimo de conter espírito, então to de acordo, tudo pode ter um espírito, mas não indo por esse ponto de vista: «Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma» de Lavoisier, em física e química tudo bem, mas no resto... o que faz de nos Homens, restos de poeiras estrelares tão de especial? A consciência? Não. A consciência e a subconsciência? Não é o suficiente para o justificar.

A alma, não vem de nada, a alma é nossa, é o que nos torna aquilo que somos, quer sejamos heróis, assassinos, cobardes, amorosos, apaixonados, gananciosos, anjos... Para quê justificar a minha fé em Deus? Para mim acho que basta Ele acredite em mim para que eu continue a existir, mesmo sendo a minha parte física poeira estrelar ou até mesmo uma estrela. Mas para dar à minha amiga uma resposta sem pensar nisto tudo, é fé na existência...